segunda-feira, 22 de junho de 2015

Dona Xepa

A novela "Dona Xepa" foi uma das primeiras que vi nos tempos da minha infância e é um dos casos em que a memória não reteve um amendoim.
Mas como fez parte dos "melhores anos da nossa vida", teria que obrigatoriamente passar por aqui.

É claro que, trabalhando grande parte da minha vida em Setúbal, a expressão "Dona Xepa" não chegou a ser arquivada nas catacumbas dos vocábulos extintos, porque há lá um mercadinho com esse nome, ao que consta uma espécie de Feira da Ladra com mais contrafacção e menos glamour.
E também parece que há um restaurante Dona Xepa em Coimbra.
Mas adiante.

Novela de 1977 que chegou a Portugal em 1978 para ser exibida no horário nobre, naqueles saudosos tempos em que só se transmitia uma novela por dia, vivia do protagonismo brilhante de Yara Cortes, a "Dona Xepa", mulher pobre mas que ainda assim criou dois filhos que, mais tarde, noutra posição social, têm vergonha da mãe.
Em Portugal não faltam figuras públicas que também renegam as origens mais precárias, como se todos nós acreditássemos em berços de ouro...

Na novela entrava Rubens de Falco, um dos galãs Clooney da época, a bela Nívea Maria, Agnes Fontoura, Cláudio Cavalcanti, entre outros.
Tudo nomes que o tempo já apagou.

Fiquem então com o genérico de abertura de "Dona Xepa" e não se esqueçam que a Feira da Ladra está junto ao Panteão Nacional, em Lisboa, às terças e sábados.
Se lá forem, tragam-me um par de peúgas cor de café com leite, se fizerem o favor.

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