terça-feira, 16 de junho de 2015

Arrábida, Bolinhas e Gigantones


Nfinal dos anos 70, princípio dos 80, toda a gente no Pinhal Novo conhecia o Mini branco com riscas laterais pretas.

Chamava-se Bolinhas, pelo formato pequenino e arredondado, e porque a matrícula ajeitava-se à denominação.
Acrescentando a isto três 7´s seguidos, mais parecia um carro de rally que outra coisa.

O Bolinhas levou-me ao norte, ao Algarve, às beiras, ao Alentejo e, entre tantas voltas, deu umas voltas na Arrábida.

Na foto, estou sentado, com os meus pais, no capot do Bolinhas, com aquelas roupas sempre indescritíveis, num daqueles verões quentes dos anos 70, referências políticas à parte.

O mais intrigante no retrato é magicar quem o tirou, pois se estamos ali os três, não sobraria mais ninguém.

Não tendo aqui os meus pais, que de momento foram a banhos noutras paragens, resta-me deixar correr o meu débil poder de dedução:
Ora, temos a sombra do fotógrafo, ou da fotógrafa, que claramente usa calças à boca de sino... genial dedução!
E parece também que é alguém muito alto(a), não me venham falar de sombras estendidas.

Concluo que a foto foi tirada por um gigantone.

Às vezes encontrava-se um ou outro na mata da Arrábida, e se ao princípio metiam medo, pelos gritos lancinantes e pela perseguição aos carros que por ali passavam, depois que lhes dávamos amendoins, ficavam dóceis e prestáveis.

Depois passaram a reunir-se no Pinhal Novo, no FIG - Festival Internacional de Gigantes, tal como vai acontecer de novo este ano, no início de Julho.
Não me posso esquecer de levar amendoins.

Sem comentários:

Enviar um comentário