segunda-feira, 6 de julho de 2015

Top Gun - Ases Indomáveis

Com 16 anos todos os rapazes queriam ser o Tom Cruise.
Não eram os tempos da Cientologia ou dos rumores que andava às voltas com o Travolta, mas aquela época em que ele cantava para as meninas "anda comigo ver os aviões".
E elas iam.

Vi o filme no balcão da SFUA, Sociedade Filarmónica União Agrícola do Pinhal Novo, possivelmente em 1987.
Ou 1988.
Ainda me lembro que vestia um daqueles blusões de ganga com pelo branco por dentro, que parecia mais do que adequado a um filme daqueles, mas que tinha sido retirado aleatoriamente do armário.
Vá lá que não calhou o robe.

Tom Cruise é "Maverick", um daqueles jovens convencidos que a vida é um cachorrinho dócil e não um cavalo difícil de domar (esta saiu-me agora), bonito, irreverente e muito bom com os aviões.
Os que pilotava no ar e os que levava para a cama.

Um(a) desses aviões era a bela Charlie, a quente actriz Kelly McGuillis, sex symbol dos Anos 80, e bandeira da causa gay mais tarde.
Belo romance e bons momentos de sedução, sem dúvida.

E, claro, trepidantes cenas aéreas, com muitas acrobacias, motores ruidosos e a rivalidade entre Maverick e Ice Man como um dos fios condutores da história.

No final do filme, enquanto descia as escadas da SFUA, olhava para as meninas com o meu melhor olhar matador e, à falta de avião, apetecia-me abrir as asas e pavonear-me como um pavão.
Mas deu-me uma cobardia de galinha e apenas fui para casa chocar sonhos com heróis, meninas bonitas e aviões maiores que aquele que conhecia do parque infantil.

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