quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Sete Noivas Para Sete Irmãos

Ora aqui está uma série de televisão que escapou à maior parte dos blogs dedicados à nostalgia.

"Sete Noivas Para Sete Irmãos" era uma série bem humorada, cheia de gente, pelo menos uns 14 se não me falha a matemática, que foi transmitida ainda na primeira metade da década de 80 em Portugal.

Passava ao início da tarde de sábado (ou era domingo?) e tinha um tom ligeiro, sendo uma adaptação do filme de 1954 com o mesmo nome para o pequeno ecran.

Pouco encontrei na internet sobre esta série - e a memória também não ajuda -, mas uma das curiosidades encontradas referia-se à participação de Richard Dean Anderson, o eterno "MacGyver", que já vai com 65 anos...

Essa sim, uma série com mil e uma histórias para contar no "Pretérito Perfeito" e neste "Série Inesquecíveis", rubrica que estreia hoje no nosso blog.

Mas voltemos ao "Sete Noivas para Sete Irmãos" para finalizarmos com algumas imagens nostálgicas.
Cá vão elas:

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O Pelé do Bairro

O mais perto que estive de ser um Cristiano Ronaldo foi quando participei nos treinos de captação para Juvenis do Pinhalnovense.
Não fiquei.
Primeiro, porque era já o segundo ano de juvenis, eles tinham uma base, e eu era basicamente uma nódoa nos treinos nocturnos porque já não via um boi.

O mais longe que estive de ser um Pelé, ou um Messi, foi na Primária e no Ciclo Preparatório, quando era o último a ser escolhido, a menos que fosse o dono da bola.
Nesses casos era o penúltimo.

Pelo meio, houve muitas e boas histórias.
As primeiras só para a fotografia, como na foto acima, de 1975 ou 1976, tirada no que era o Largo José Maria dos Santos, o actual Parque do Pinhal Novo.

Jogar à bola foi sempre a minha brincadeira preferida.
Depois da escola e até à hora de jantar, jogava-se com balizas pequenas, feitas com as mochilas ou com pedras, ou até com dois gordos inaptos para a coisa.

Jogava nas ruas, nos rinques, debaixo dos eucaliptos junto à linha férrea, na escola,na praia, em terraços e até dentro de casa naquilo que deveriam ser intermináveis tardes de pesadelo para os vizinhos do 2ºdto, o andar de baixo.

E tanto joguei que hoje posso dizer que cheguei a ser o Pelé do bairro.
Aquele que marcava golos atrás de golos, dono de uma velocidade que "deixava a bola para trás", como dizia o meu pai, ou como uma "gazela, como me chamavam os outros.

Jogos que valeram campeonatos

Mas os mais renhidos jogos eram os mano-a-mano.
Como a expressão indica, jogava um para um com o meu... irmão, aqui em casa.
Ou contra o primo Carlitos também no mesmíssimo corredor de tantas batalhas e contra o primo Zé, num terraço numa rua de vivendas.

O auge desta carreira atrás dos holofotes da fama foi por volta de 1987.
O FC. Porto tinha o Futre e tinha o caneco de campeão europeu, e eu fintava os outros meninos como o homem que agora faz publicidade a comprimidos para a erecção e marcava golos de calcanhar como o o argelino Madjer, o homem que agora faz não sei o quê.

E houve também uma fase, alegre, bizarra, de quase inaudita exuberância, em que juntava às mais espantosas jogadas o grito louco "SUPER TÉO!!"

Mas... que raio...

Eu explico:
"Téo" era personagem de um dos meus actores-fétiche brasileiros, Marcos Frota, na saudosa novela "Vereda Tropical", ou pelo menos era uma das transformações do "Teozinho", porque acho que era como "Cazuza" que ele jogava futebol com o "Luca"/Mário Gomes.

Mas o que interessa era que cada vez que marcava um golo, lá para meio da década de 80, junto aos eucaliptos , lá soava o grito "Super Téo".
Convenhamos que é mais engraçado que a posse à matador de CR7.
E olhem que seria apropriado, porque o antigo matadouro era ali ao lado.

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OS JOVENS HERÓIS DE SHAOLIN

Bicicleta BMX

À partida era uma guerra com derrota anunciada mas, ainda assim, estiquei ao máximo a minha juventude.
E já tinha uns 23 anos quando o meu meio de transporte para o trabalho era a velha BMX.
Uma bicicleta.
Mas não uma bicicleta qualquer.

As BMX foram um dos mais icónicos tesourinhos fascinantes dos Anos 80.
Versáteis e sobretudo coloridas.
Tão coloridas que eram quase bandeira gay, mas garanto que nunca pedalei sem selim.

A imagem acima, foi o que achei na internet mais parecida com a BMX  que eu tinha.
É do site "Custo Justo", mas não me ofereci para comprá-la.
Agora acho que fiz mal...

Hoje também um desporto, a BMX, acrónimo para Bicycle Moto Cross, caracterizava-se pelo encantamento visual e fácil condução, tanto que até uma pessoa com descoordenação motora como eu conseguia pedalar e chegar a algum lado com ela.

Cheguei a fazer bicicross amador e amalucado nas paisagens campestres do Rio Frio e a percorrer quilómetros até Alcochete.

E até tive acidentes.


Algures entre um pateta e um cavaleiro do asfalto

Houve uma vez que tinha combinado ir à praia com o Nelson (lá me convenceu dificilmente porque eu e a praia... enfim), e vinha do Pingo Doce com um saco de compras (pão, sumos, iogurtes, comida para a praia, claro está), pendurado numa das manetes do guidão, e sempre a rolar no passeio até que, uma senhora saiu do antigo posto de saúde (a caixa como lhe chamávamos) bem para a frente da minha BMX.
Só tive tempo de ziguezaguear atrapalhadamente, mas sem evitar que o saco de compras batesse ao de leve na senhora, fazendo com que me desequilibrasse definitivamente e caísse cinco, dez metros à frente.

Resultado:
Um raspanete e vários rasgões na pele, para além de um braço quase partido (algo que faz parte da vivência destes dias regressando ao futuro e a 14 de Setembro de 2015), e um telefonema envergonhado para o Nelson.
"Já não vou, caí de bicicleta, estou todo partido".

Ridículo.
Vale que anos mais tarde tive acidentes mesmo a sério.
À homem.

Mas estórias tristes à parte, lembro-me que os dias mais felizes com a BMX foram quando dava para levantar o quadro até uma posição patética mas algo inspirada nas Harley Davidson.
Percorria as ruas do Pinhal Novo como um jovem motoqueiro sem mota mas com pinta, julgava eu.

Foi um período breve, mas ainda hoje tenho saudade desses tempos de easy rider!

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DALLAS

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Número 100

                                             
Postagem nº 100 do "Pretérito Perfeito", dia de festa, apesar de ser 11 de Setembro.

A reprodução de memórias dos melhores anos das nossas vidas não tem sido intensa, desde que o blog foi apresentado oficialmente a 10 de Março, o que dá mais ou menos 14 postagens por mês, ou seja, sensivelmente dia sim, dia não, e ainda com a especificidade de metade delas ser a imagem que serve de Poster, mas enfim, fica o compromisso de intensificar a produção, nem que seja com recurso a mão de obra barata.

Tenho sempre, junto a mim, um caderno onde compilo os nomes de séries, filmes, músicas, objectos, memórias, e tudo o que tenha a ver com a cultura pop dos Anos 80 e de outros anos dourados e digo-vos, o baú está longe de estar vazio.

Nos próximos dias, nas próximas semanas, meses, quiçá anos, é de esperar muitas mais matérias, muitas mais recordações, por enquanto em jeito de compilação, mais tarde de forma mais aprofundada.

Pode não vir aqui ninguém, mas eu vou continuar a fuçar no passado, a lutar no presente e a acreditar no futuro.
Beijinhos e abraços.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Final Feliz

Tenho um carinho muito grande por esta novela.
Não porque a seguisse de fio a pavio, mas porque apanhou-me no início da adolescência, quando as hormonas começaram a pulsar, ainda que em modo soft, com as primeiras pinceladas de paixões platónicas.

Quando a novela passou em Portugal tinha uns 12,13 anos.
Estávamos em 1983 ou 1984.
Lembro-me que ia almoçar a casa da minha avó Catarina, depois de mais uma manhã de escola na Secundária do Montijo.

À hora de almoço, a RTP transmitia "Final Feliz" e apresentava ao país Lidia Brondi.
A Lidia era, na altura, o mais doce torrãozinho de açúcar do Brasil.
Por Deus, procure-a no Google.
E eu ficava ali na sala da minha avó, a vê-la na televisão, a suspirar como um pateta.

Ela era Suzy que amava o barbudo Paulo num amor... desencontrado.
Mas mesmo desencontrado.
Lembro-me de quase uma dezena de episódios, em que ele a procura por todo o lado, e às vezes passava por trás dele, outras na galeria do shopping mais abaixo, outras perdia-se na multidão.
E aquilo enervava-me, apesar da doce melodia de Fabio Jr. que embalava o amor daqueles dois.
Chamava-se "O que é que há" e foi um dos sucessos made in Brasil da época.

Tal como "Flagra", tema de Rita Lee que fazia a abertura e que passa às vezes na M80.

"O que é que há" é que nunca mais ouvi.
Aqui fica o link.

Quanto à história da novela e outras personagens, fica para uma outra vez.
Apetece-me agora fechar os olhos e recordar aqueles tempos.
E esperar hoje e sempre por um "Final Feliz".´

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FORT BOYARD

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Always on My Mind - Pet Shop Boys

Elvis pode não estar vivo (ainda ontem a senhora que me vende o pão achou que o tinha visto numa carcaça), mas foi sempre, e vai continuar a ser, fonte de inspiração até para duos mais dedicados à pop electrónica.

Até pela minha personalidade não sou, de todo, fã de versões.
Prefiro que não estraguem os originais que, por norma, é o que acontece.

Mas aqui está um caso em que prefiro, de longe, a versão ao original de Brenda Lee em 1971, ou do hit de Elvis em 1972.

Este contagiante "Always on My Mind", dos Pet Shop Boys (um grande nome para banda) é de 1988.

Nessa altura já eu seguia, encantado, a sonoridade dos Pet Shop Boys, o mais perto que eu cheguei da ruidosa vaga de músicas electrónicas que invadiram, então, as discotecas.
O que se parece agora um sonho, se comparado com o que veio depois:
Música sertaneja, kizombas e kuduros.

"Always on My Mind" teve múltiplas versões (até de Zezé di Camargo & Luciano com o título"Eu Só Penso em Você"... vomitar...), mas a dos Pet Shpo Boys foi a única a alcançar 9 primeiros lugares nos tops de todo o mundo.
Nem o Elvis da carcaça fez melhor.