sexta-feira, 13 de maio de 2016

Quando Era Novo Num Pinhal do Pinhal Novo

E regressamos de novo ao passado para um belo piquenique no pinhal.
Daqueles que têm frango ou sardinhas a assar, garrafões de vinhaça, futebolada e, no caso, pinhões de nostalgia, caídos aqui e ali, como lágrimas negras.
Chuif, chuif...

O tempo nesta sexta-feira 13 de Maio não está para milagres.
Ainda chove de vez em quando e venta.
Nas ventas.
Por isso dói-me a garganta há dois dias e peço desde já desculpa se o humor andar ausente.

Mas nesta manhã (ou tarde) de Primavera (ou Verão) de 1976 (ou 77, ou 78), fazia sol, como se pode ver pela luz que ilumina a caruma deste pinhal, no Pinhal Novo.

E éramos novos.
Eu e o Zé Cordas, a criancinha à esquerda.
Eu sou a criancinha à direita, que não às direitas, porque sou assumidamente fã da geringonça.

Por falar nisso, a geringonça de borracha que está ao meio é uma bola de gratas recordações.
Tantos e tantos derbies entre primos foram jogados.
Eram já Sportings x Benficas (mais tarde Itálias x Bélgicas e um dia explico porquê) com arte leonina e sorte lampiânica.
Tantos e tantos jogos perdidos por um, da forma mais absurda possível, como que se logo ali ficasse decretado por uma bola de borracha vermelha e branca (e não por uma de cristal), quem iria ter sempre mais sorte e quem teria sempre mais azar pela vida fora.

Obviamente que esta teoria simplista e superticiosa não explica tudo, mas aposto 100 euros e um seis pinhões como, neste preciso momento, não lhe dói a garganta como a minha me dói!! 
Humpf!

Aranhas Assassinas

Não tenho a certeza se foi desta vez, neste pinhal, que tive o mais horrendo encontro imediato com... um insecto.
Mas não um insecto qualquer, era daqueles que meninas como eu têm medo: aranhas.

No caso, uma aranha quase do tamanho daquela bola de futebol.

Jogava-se à apanhada.
Velocidade furiosa.
Parecia que, em vez de ser eu a correr que nem um maluco, eram pinheiros voadores que rasavam a minha cabeça.
Tropeços.
Mais velocidade.
E de repente, uma travagem brusca.

A centímetros da minha cara polvilhada de sardas, uma gigantesca teia de aranha, tecida com labor entre dois pinheiros, e, no centro da teia, a maior aranha e também a mais repugnante que vi até hoje.
E olhem que eu já desci o Amazonas com tarântulas que vinham comer à minha mão como cachorros.
Ou então não.

Mas ficaram com a ideia do tamanho do bicho.
Tenham medo, muito medo!

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