segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Dallas

Parece mentira mas já não publicava aqui um velho conteúdo novo desde Maio.
Parece mentira mas este é apenas o segundo texto sobre uma série de televisão.
Parece 01 de Abril mas estamos a 02 de Janeiro.

Ora vamos lá a "Dallas".
( e recebê-las porque o Natal foi há pouco tempo.)

Esta foi a série que marcou a década de 80.
Girava à volta de negócios como a exploração de petróleo e a criação de gado, e o mesmo em relação a personagens: homens viscosos e grandes vacas.

Em pleno Texas, duas famílias em confronto.
Os famosos Ewing e os menos conhecidos Barnes.

Bobby morde na canela de Pamela e a partir daqui ficou tudo estragado.
Ele é um Ewing (interpretação de Patrick Duffy) e ela uma Barnes (a bela Victoria Principal); a velha intriga do clássico "Romeu e Julieta" ou do quase clássico "West Side Story", entre muitos outros.

J.R., um Granda Porco

Pelo meio, como grande símbolo da série, o pérfido, cínico, canalha e outros adjectivos mimosos, "J.R" (em Portugal "jota-erre" ou ainda mais comum "jê-erre"), papel da vida de um Larry Hagman que foi sem dúvida, um dos actores que mais encheram os bolsos na década de 80.

Para além do ódio ao irmão "Bobby", "J.R." terá mais tarde que lidar com a traição da própria mulher "Sue Ellen" ( a tal que se enfrascava logo de manhã), que também se enrola com um Barnes.

A menos que esteja a fazer confusão, o que é natural.
Nesta série quase todos foram para a cama com todos.
E não era para dormir.

Em Portugal, "Dallas" animou os serões de sábado à noite na RTP 1, a partir de 1979 ou 1981.

Lembro-me que no Parque de Campismo da Praia Verde, Algarve, juntavam-se várias pessoas à frente de um televisor a cores, colocado numa área aberta, sem tendas, fazendo do espaço um cineminha ao ar livre.

Às vezes lá apareciam cenas mais ousadas e a plateia, meio envergonhada, Portugal ainda a desabrochar meia dúzia de anos pós-25 de Abril, desviava a atenção do televisor e comentava o dia de praia e o tempo para o dia seguinte, sempre com um olho no ecran, ou não fosse a Pamela ser mordida outra vez pelo Bobby e não houvesse depois ninguém para contar como foi.