segunda-feira, 14 de maio de 2018

O Barco do Amor

Após um fim de semana de Eurovisão em Portugal, com o conceito "All Aboard", embarquemos todos numa viagem nostálgica até aos Anos 80 para recordar esta série.
Entenda como normal a presença a bordo de dezenas de doidinhos com bandeiras arco-íris a esvoaçar, e cacarejantes imitações de galinhas gordas.
Não houve tempo para fazer triagem.

"O Barco do Amor" era uma daquelas séries levezinhas que se seguiam com agrado no início da matiné, ajudando à digestão do almoço, na maior parte das vezes mais felizes, um belo bife com batatas fritas e ovo estrelado.

Em pouco mais de 50 minutos, sempre em tom de comédia romântica, desfilavam quatro histórias independentes entre si: novas paixões para a vida, reatamentos, desavenças familiares acalmadas pelas ondas, e até alguns casos de crimes a bordo que acabavam sempre bem com um "gostámos muito, até à próxima".

Havia sempre aquele casal com quem eu mais simpatizava, ou a história que eu gostava mais, e era irritante passar longos minutos com as outras situações até se focarem, de novo, no que me interessava.

Para além do belo "Pacific Princess" a cruzar oceanos e a lançar a âncora nos mais belos portos do planeta (antes de virem aos magotes para Alcântara), a série vivia muito do carisma das cinco personagens que constituíam a tripulação.

A Tripulação do Pacific Princess

De todos, preferia a bela "Julie McCoy" (a actriz Lauren Tewes, então a caminho dos 30 anos, agora uma simpática gordinha com 64) e nem adianta explicar porquê, mas diga-se que eu estava a entrar na adolescência...

Tinha também bastante simpatia pelo brincalhão "Gopher" e ficava fascinado pelo jeito que o Comandante "Merrill" e o "Dr. Adam 'Doc' Bricker" tinham para conquistar mulheres, dando razão à máxima marinheira "um amor em cada porto" e ao dito popular "é dos carecas que elas gostam mais".
Juntando o inexplicável charme do "René" do "Allo, Allo", e vendo que seria, um dia, careca como o meu pai, tudo isso enchia-me de esperança.
A calvície veio; do harém com odaliscas, só a miragem.

Falta juntar o bem disposto "Isaac", o barman que tinha sempre palavras sábias para amenizar os problemas emocionais mais bicudos ou cocktails para o mesmo efeito.

Diga-se que continuam todos vivos e em terra firme.
Já o Pacific Princess foi desmantelado em 2013...
Mas volta a navegar na nossa memória já a seguir.
É só clicar ali em baixo.

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