quarta-feira, 16 de maio de 2018

Princesas de Belém

Em dias de verde desbotado nada como recordar outros dias em tons de azul.
Como o do clube que joga ali ao lado, num dos mais belos estádios do país.
Hoje, na rubrica "O Pequeno Johnny", deste vosso blog, recorda-se Belém e as suas princesas.

Na imagem acima viajamos até aos anos 70, numa inesquecível ida a Belém, como são todos os passeios numa das mais belas zonas de Lisboa.
É claro que se fosse hoje convinha levar consigo um repelente de turistas.

Não sei se neste passeio catita de há quase 40 anos, estivemos na fila para os pastéis de nata, que nessa altura devia ser bem mais pequenina, ou se visitámos o Palácio de Belém, nessa altura ocupado por Ramalho Eanes.

O que me resta fazer, em relação à memória perdida, é comentar a foto.

Antes do mais, escreva-se que não sei quem é, nem por hoje andará aquela menina bonita que se inclina sobre o repuxo de água, como se fosse uma ninfa da fonte dos amores camonianos.
Também não sei por onde agora, e tenho pena.

O puto de boné que parece estar a chorar? 
Desconheço quem fosse.
Mas o pequenino por trás do bebedouro poderia ser o meu irmão, mas pela diferença de idades, duvido, porque o da bolinha, sou eu.

Roupa e acessórios vintage

Lembro-me muito bem daquela t-shirt meio Jogos Olímpicos, meio Guilherme Tell, lembro-me da bolinha azul saltitante e lembro-me ainda melhor daquele relógio.
Porque foi o meu primeiro relógio.

Já sabia ver as horas há algum tempo, e nada melhor do que ter ponteiros por cima de uma figura do Marco com o seu macaquinho às costas!

Recordo-me, por último, de achar aquela menina bonita, e de esperar o tempo que fosse até ela acabar de sorver, delicadamente, aquela refrescante água num dia quente.

Reparem como ensaio, com os meus lábios já então carnudos e sensuais, os mesmos trejeitos com que a menina bebe a água: é quase a origem da chamada 'duck face' das 'selfies' de hoje.

Já voltei várias vezes a Belém neste milénio.
Pelos menos duas delas com direito a tropelias de esquilos para gáudio das Princesas de hoje. 
As que contam.
As que não se esquecerão jamais, mesmo que não hajam fotografias para matar a sede.

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