Mostrar mensagens com a etiqueta Cinemateca Pop. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cinemateca Pop. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Atracção Fatal

Apesar de parecer um ornitorrinco atropelado por um autocarro de passageiros, já fui alvo de uma ou duas atracções fatais.
Não eram louras fatais, longe disso, não tive tanta sorte, mas também não tive tanto azar: não assediavam de forma tão sinistra e desequilibrada como a Glenn Close no filme que hoje trago aqui.

"Atracção Fatal", de 1987, talvez visto em vídeo um ano depois, tinha aquele toque erótico e perverso capaz de pôr um adolescente como eu a trepar pelas paredes.

Glenn Close interpretou uma loura insinuante, que tem um caso com Dan Gallagher (Michael Douglas), um homem casado que, depois de ter saltado a cerca, jura nunca mais cometer adultério, mas a maluca Alex (Close) não quer que a história acabe.
E não acaba.
Dura quase duas horas de filme, entre erotismo e thriller psicológico, entre "já não posso ver esta mulher" e "mostra lá as mamas outra vez".

Para mais tarde, ficaria a mais famosa investida de Michael Douglas nos filmes quentinhos, "Instinto Fatal", que faz deste "Atracção Fatal" quase um filme de catequese, mas a Cinemateca Pop concentra-se, para já, nos Anos 80.

Sendo assim, vamos lá rebobinar a cassete 33 anos e recordar as origens de um alegado problema de adição de Douglas, relacionado com sexo.
Que é impossível ter ficado solucionado tendo casado com Catherine Zeta Jones...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O Micro Herói

Naqueles anos de fogosa criatividade havia filmes maluquinhos assim, como este de 1987, em que um tipo, miniaturizado, viaja dentro do corpo de outro homem.

Nos dias de hoje, e só falando do mainstream, o filme de maior sucesso com uma temática mais ou menos parecida (um homem dentro de outro) foi o "O Segredo de Brokeback Mountain".
Adiante.

"O Micro-Herói", do género ficção científica-cómica-non sense-quem é que se lembrou disto?, contava a experiência top secret de injectar um piloto norte-americano miniaturizado, com nave e tudo, no corpo de um coelho, mas que, depois de um ataque terrorista, acaba antes injectado no melindrado e susceptível aos mais descabelados sintomas psicossomáticos, corpo de um hipocondríaco (não sei o que é).

Bem divertido, contou com as interpretações de Martin Short (pelo nome poderia ser ele o micro-herói, mas aqui é o hospedeiro involuntário da experiência), Dennis Quaid e Meg Ryan, estes dois últimos, durante muitos anos, um dos casais "mais bonecos" de Hollywood.

Aqui fica o trailer deste disparatado mas divertido filme.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Top Gun - Ases Indomáveis

Com 16 anos todos os rapazes queriam ser o Tom Cruise.
Não eram os tempos da Cientologia ou dos rumores que andava às voltas com o Travolta, mas aquela época em que ele cantava para as meninas "anda comigo ver os aviões".
E elas iam.

Vi o filme no balcão da SFUA, Sociedade Filarmónica União Agrícola do Pinhal Novo, possivelmente em 1987.
Ou 1988.
Ainda me lembro que vestia um daqueles blusões de ganga com pelo branco por dentro, que parecia mais do que adequado a um filme daqueles, mas que tinha sido retirado aleatoriamente do armário.
Vá lá que não calhou o robe.

Tom Cruise é "Maverick", um daqueles jovens convencidos que a vida é um cachorrinho dócil e não um cavalo difícil de domar (esta saiu-me agora), bonito, irreverente e muito bom com os aviões.
Os que pilotava no ar e os que levava para a cama.

Um(a) desses aviões era a bela Charlie, a quente actriz Kelly McGuillis, sex symbol dos Anos 80, e bandeira da causa gay mais tarde.
Belo romance e bons momentos de sedução, sem dúvida.

E, claro, trepidantes cenas aéreas, com muitas acrobacias, motores ruidosos e a rivalidade entre Maverick e Ice Man como um dos fios condutores da história.

No final do filme, enquanto descia as escadas da SFUA, olhava para as meninas com o meu melhor olhar matador e, à falta de avião, apetecia-me abrir as asas e pavonear-me como um pavão.
Mas deu-me uma cobardia de galinha e apenas fui para casa chocar sonhos com heróis, meninas bonitas e aviões maiores que aquele que conhecia do parque infantil.

sábado, 14 de março de 2015

Poltergeist

Agora que passam três minutos da meia-noite e deixou de ser Sexta-Feira 13, penso que já é seguro escrever as próximas linhas.
Ainda assim, estou a tremer que nem varas verdes...
Mas vamos lá.

Muito antes das série de filmes horrendos "Pesadelo em Elm Street", "Sexta-Feira 13", e do queixo da Teresa Guilherme, houve isto.
"Isto" era "Poltergeist ", um filme que em 1982 assustou mais as criancinhas que os míticos Papão, Homem do Saco e aquele senhor com bochechas que liderava o PS.

Eu tinha 11, 12 anos quando cada vez mais miúdos, principalmente aqueles que já tinham mais penugem na cara, segredavam coisas horríveis sobre este filme medonho que misturava terror, fantasmas, espiritismo e muita gritaria.

É claro que já tínhamos tido a experiência de assistir a "O Exorcista" que tinha o Diabo a dar a volta à cabeça - literalmente - da Linda Blair, uma algaraviada de palavrões vomitados a torto e a direito e o vómito propriamente dito, mais para mais num verde fluorescente... mas tudo o que fosse filme de arrepiar os cabelos era desejado como um prazer sádico, proibido, logo apetecido.

Claro que vi o filme, mas não me lembro de grande coisa.
E nem vendo o trailer surripiado ao You Tube consigo descortinar motivo para tanto cagaço, para além de muitas cenas com objectos arrastados e ventania da grossa.
Sim, os tornados são uma coisa séria, mas pensava que os americanos já estivessem habituados a isso.

De qualquer forma, não consigo escrever, com honestidade, que não acredito em espíritos do além.

Desde que comecei a escrever estas linhas, o computador encravou três vezes, a luz foi-se abaixo e no quarto ao lado, o cão não pára de uivar.
E eu nem sequer tenho cão.