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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Marco

Quando se fala de recordações televisivas e do Marco, há três personagens que vêm logo à memória:
O Marco que tinha um macaquinho às costas; o Marco que tinha caracóis no alto da cabeça; e o Marco que tinha um pé para pontapear a Sónia.
Aqui recorda-se o Marco que tinha um macaquinho nas costas.

Criado em 1976, este Marco fez chorar miúdos, graúdos e as pedrinhas da calçada enquanto procurava a mãe, numa epopeia que o levava da Itália à Argentina, daí o subtítulo "Dos Alpes aos Apeninos".

O Marco estreou em Portugal a 22 de Maio de 1977, um dia depois de eu completar os seis aninhos.
Foi um sucesso em Portugal.
Refiro-me ao Marco.
A minha festa dos seis anos não foi assim tão comentada.

Ah, quanto ao macaquinho, que na série de animação chama-se Dominó...diga-se que quando era mais pequeno tinha o hábito de colar macacos debaixo dos tampos das mesas.
Eu sei que parece nojento, mas pô-los às costas ainda parece pior.

Do mal o menos: a série japonesa não acompanha o Marco pela adolescência fora, daí que possamos garantir às associações defensoras dos direitos dos animais, que o Marco não chega a espancar o macaco.

terça-feira, 15 de março de 2016

Jacky, o Urso de Tallac

Foi uma das séries de animação que mais marcaram a minha infância.
E tanto assim foi que um dos cães dessa época, um lindo exemplar de olhar meigo e arraçado de cocker, ficou com esse nome.

E há ainda hoje muito "Jacky" em mim, não só a nível de pilosidade abundante, mas sobretudo ao nível da memória:
Nunca mais esqueci a letra do genérico.
Oh p'ra ela:

Jacky, Jacky
Corre mundo
Como é bom ser livre
e feliz lá no fundo

E por aí fora, numa grande parceria Carlos Alberto Vidal e Tozé Brito, muito melhor que essa coisa de juntar "Ujos", Miguéis e Antónios, Araújos e Zambujos.
Já me estou a dispersar...

"Jacky", série de animação, de origem japonesa, começou a ser transmitida em Portugal, a partir de 1979, pela RTP, claro.

Muito resumidamente, contava a amizade improvável entre o pequeno Jacky e um índio, que após a morte da mãe da Jacky, adopta o pequeno urso e também a sua irmã Nuca.

Depois deste bonito gesto de altruísmo, muitos anos depois, o agradecimento dos ursos é esventra o coitado do Leonardo DiCaprio.
Não se faz.

"Jacky, o Urso de Tallac" apenas teve 26 episódios.
Mas foram inesquecíveis.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O Carrocel Mágico

"E agora, para algo completamente diferente", uma viagem até início dos anos 70, para recordarmos juntos, aquela que foi, com quase toda a certeza, uma das primeiras séries de animação que estes olhinhos cansados viram:
"O Carrocel Mágico".

Os mais jovens leitores deste blog (hello... está aí alguém?) poderão pensar que este era mais um momento de exaltação das drogas divertidas que deixavam muita gente marada naqueles anos de calças à boca de sino, mas não.

Não pode haver nada mais inofensivo que uma série de bonecos que nem tiravam os pés do chão.
É verdade!
Aquilo que mais recordo (e que é  muito pouco) deste desenho animado, é o facto das personagens deslizarem pelo ecrã, lembrando-me claramente do cão Franjinhas, que assim fazia melhor trabalho a limpar a lente da televisão que qualquer mulher-a-dias...

A série é dos anos 60, de criação francesa, mas em Portugal foi em meados dos anos 70 que animou as tardes dos mais pequenos.

E agora...
Quereis viajar no tempo?
Quereis?

Aqui vai disto.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Ana dos Cabelos Ruivos

Ultimamente tenho achado muita graça às ruivas.
Não que isso coloque em causa o meu eterno amor ligeiramente mais moreno, mas desde Rita Hayworth que as actrizes com cabelos de fogo incendeiam o grande ecran.

No pequeno ecran, em desenho animado, e não tendo, de todo, a maturidade e a voluptuosidade de uma Jessica Rabbit, houve uma tal de "Ana dos Cabelos Ruivos".

Foi já em 1987 que estreou em Portugal esta série de animação (preparem-se para ser surpreendidos)... japonesa.
Mais uma da Nippon Animation, esta baseada num romance da escritora canadiana Lucy Maud Montgomery.
As coisas que eu sei.

Ana é uma orfã que é adoptada por engano por dois irmãos.
É que eles queriam um rapaz.
Mas acabam por ficar com a nossa Ana.

A série tem 50 episódios e passava muitas vezes no mítico "Agora Escolha" de Vera Roquette, mas eu não ligava muito.

Aos 16 anos, preferia meninas mais crescidas e sem serem em desenho animado.
Se bem que nunca esqueci a Candy Candy.
Louríssima, em vez de ruiva.
Mas essa história fica para outra altura.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Era Uma Vez o Espaço

Quem não se lembra de cantar isto?

"Lá em cima, há planícies sem fim,
Há estrelas, que parecem correr,
Há o sol e a vida a nascer, blá, blá, blá".

Sendo que este blá, blá, blá é, afinal, uma das mais bonitas canções da nossa infância.
E polémica, também.

95% das pessoas, diriam, que quem canta, é o Paulo de Carvalho.
Os mais bem informados argumentarão que é o Pedro Malagueta.
Quem?!
Pedro Malagueta.
Um injustiçado e obscuro cantor português, nascido em Angola, que participou em Festivais da Canção, gravou versões, tributos e anúncios, e tinha uma voz do caraças.

Pronto, agora que já falámos da música, vamos à série.

Animação francesa, com 26 episódios com tanto de divertido, como de informativo, foi a continuação mais ou menos lógica, para o sucesso que tinha sido "Era Uma Vez o Homem".

Menos didáctica e mais ficcional, esta série de animação trazia de volta as personagens da série anterior (como o simpático robot "Metro" ou a bela "Psi")e uma das vozes em português, como não poderia deixar de ser, era do "mestre" Canto e Castro.

Em Portugal, "Era Uma Vez no Espaço" foi emitida pela RTP em 1984.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

A Abelha Maia

A Abelha Maia fez 40 anos, ontem, dia 01 de Abril.
Até parece mentira.

A animação alemã chegou à RTP em 1978, embalada nas vozes cristalinas da Ágata (então Fernanda Sousa) e Tozé Brito (então Tozé Brito) e foi desde logo um sucesso.
Miúdos e graúdos sentavam-se frente ao televisor para assistir às aventuras de uma das louras mais desejadas nos anos 70, a par da Farrah Fawcett.

Nesse tempo ainda a Abelha Maia não tinha sido sodomizada pelo Calimero e não consta que tivesse um caso com o gafanhoto "Flip", de quem recebia muitos conselhos.
Um parêntesis para lembrar que o "Flip" tinha como voz em Portugal o mítico Canto e Castro, um vozeirão que ainda animou muitos desenhos... animados.

No início deste ano, "A Abelha Maia" chegou ao cinema e público e crítica até foram benevolentes com a quarentona, mas é a memória de infância que prevalece quando falamos das aventuras destes simpáticos insectos "lá num país cheio de cor".

domingo, 8 de março de 2015

Dartacão

"Muito antes de te conhecer já adorava Dartacão".
Esta é frase mais badalhoca e ao mesmo tempo mais facilmente desculpável para dizer à sua mulher ou à sua namorada.
Se a coisa correr bem é certo que os vizinhos vão ouvir gritos doidos e unhas a riscar o soalho; se a coisa correr mal, antes de levar com um chinelo em cima, pode argumentar que estava a falar de um dos mais memoráveis desenhos animados da sua infância.

A adaptação canina da obra de Alexandre Dumas mais comentada por treinadores de futebol egocêntricos foi exibida em 1983, aos sábados de manhã.
Foram apenas 26 episódios, mas o suficiente para que os trintões e os quarentões de hoje jamais esquecessem as aventuras do pequeno Dartacão com os Três Moscãoteiros, o malvado Cardeal Richelião e a bela Julieta.

Apesar de Julieta ser a namorada do nosso herói e, pior ainda, ser uma cadela, não evitava que - numa fase da minha vida que coincidia com o agridoce advento da puberdade - eu deixasse de desejar namorar com uma cade... que eu pudesse um dia ter uma namorada assim.
Mas nunca tive uma namorada com focinho de cão e vai ser daquelas coisas que hei-de lamentar no leito de morte.

Uma das principais imagens de marca desta série de animação foi, sem sombra de dúvida, a música do genérico, que chegou a fazer parte da colectânea "As Melhores Canções Infantis", editada em 2005.
É esse tema que fica aqui em baixo para recordarmos aqueles tempos de precoces canzanas.