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quarta-feira, 20 de abril de 2016

A Próxima Vítima

Tinha pensado começar este texto com a clássica pergunta "Quem Matou Odete Roitman?", até que a internet colocou a memória em ordem, relacionando essa questão à novela "Vale Tudo".

Assim sendo, já não sei porque coloquei esta "Próxima Vítima" na lista das "Novelas do Brasil" recordadas aqui no "Pretérito Perfeito", pois dela nada me lembro.

Por paradoxal que seja, o facto de ser uma novela de Sílvio de Abreu de 1995, ao invés de uma novela de Sílvio de Abreu de 1986, faz com que me lembre desta trama tanto como recordo o que almocei no dia 10 de Agosto de 1981.

Ao que parece a trama vivia do suspense sobre qual seria a próxima personagem a bater a bota e a aligeirar a folha de pagamento de salários da Globo.

Entravam os falecidos José Wilker e Yoná Magalhães, Tony Ramos, Susana Vieira, Lima Duarte, Paulo Betti, Natália do Vale, entre outros.
Teve mais de 200 episódios e quando em 1995 passou em Portugal "A Próxima Vítima", estava eu a ver se concluía a próxima frequência de um curso que frequentava cada vez menos.

E hoje fico-me por aqui, porque estou meio xôxinho.
Mas lá diz o ditado:
"Mais vale xôxinho que mal acompanhado".

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Final Feliz

Tenho um carinho muito grande por esta novela.
Não porque a seguisse de fio a pavio, mas porque apanhou-me no início da adolescência, quando as hormonas começaram a pulsar, ainda que em modo soft, com as primeiras pinceladas de paixões platónicas.

Quando a novela passou em Portugal tinha uns 12,13 anos.
Estávamos em 1983 ou 1984.
Lembro-me que ia almoçar a casa da minha avó Catarina, depois de mais uma manhã de escola na Secundária do Montijo.

À hora de almoço, a RTP transmitia "Final Feliz" e apresentava ao país Lidia Brondi.
A Lidia era, na altura, o mais doce torrãozinho de açúcar do Brasil.
Por Deus, procure-a no Google.
E eu ficava ali na sala da minha avó, a vê-la na televisão, a suspirar como um pateta.

Ela era Suzy que amava o barbudo Paulo num amor... desencontrado.
Mas mesmo desencontrado.
Lembro-me de quase uma dezena de episódios, em que ele a procura por todo o lado, e às vezes passava por trás dele, outras na galeria do shopping mais abaixo, outras perdia-se na multidão.
E aquilo enervava-me, apesar da doce melodia de Fabio Jr. que embalava o amor daqueles dois.
Chamava-se "O que é que há" e foi um dos sucessos made in Brasil da época.

Tal como "Flagra", tema de Rita Lee que fazia a abertura e que passa às vezes na M80.

"O que é que há" é que nunca mais ouvi.
Aqui fica o link.

Quanto à história da novela e outras personagens, fica para uma outra vez.
Apetece-me agora fechar os olhos e recordar aqueles tempos.
E esperar hoje e sempre por um "Final Feliz".´

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Dona Xepa

A novela "Dona Xepa" foi uma das primeiras que vi nos tempos da minha infância e é um dos casos em que a memória não reteve um amendoim.
Mas como fez parte dos "melhores anos da nossa vida", teria que obrigatoriamente passar por aqui.

É claro que, trabalhando grande parte da minha vida em Setúbal, a expressão "Dona Xepa" não chegou a ser arquivada nas catacumbas dos vocábulos extintos, porque há lá um mercadinho com esse nome, ao que consta uma espécie de Feira da Ladra com mais contrafacção e menos glamour.
E também parece que há um restaurante Dona Xepa em Coimbra.
Mas adiante.

Novela de 1977 que chegou a Portugal em 1978 para ser exibida no horário nobre, naqueles saudosos tempos em que só se transmitia uma novela por dia, vivia do protagonismo brilhante de Yara Cortes, a "Dona Xepa", mulher pobre mas que ainda assim criou dois filhos que, mais tarde, noutra posição social, têm vergonha da mãe.
Em Portugal não faltam figuras públicas que também renegam as origens mais precárias, como se todos nós acreditássemos em berços de ouro...

Na novela entrava Rubens de Falco, um dos galãs Clooney da época, a bela Nívea Maria, Agnes Fontoura, Cláudio Cavalcanti, entre outros.
Tudo nomes que o tempo já apagou.

Fiquem então com o genérico de abertura de "Dona Xepa" e não se esqueçam que a Feira da Ladra está junto ao Panteão Nacional, em Lisboa, às terças e sábados.
Se lá forem, tragam-me um par de peúgas cor de café com leite, se fizerem o favor.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Terra Nostra

O Parque Terra Nostra, em S. Miguel, junto às efervescentes furnas, é um dos mais belos parques que já visitei, e foi, sem dúvida, um dos grandes momentos das minhas duas viagens aos Açores.
O que é que tem isso a ver com a novela?
Nada.
Apeteceu-me.

"Terra Nostra" é o nosso primeiro conteúdo já com carimbo do ano 2000.
Mega-produção da Globo, foi transmitida em Portugal, pela SIC, a partir de Novembro de 1999, e pouco mais me lembro (até porque não a acompanhei) para além de um belo par de espessas sobrancelhas e tudo o que de mais belo ainda se mostrava daí para baixo.
Três letras:
Ana Paula Arósio.

As meninas suspiravam pelo garotão Thiago Lacerda e havia ainda António Fagundes, a também belíssima Maria Fernanda Cândido (que convencia lindamente como uma sensual italiana), Cláudia Raia, Raul Cortez e muitos outros.

A novela, de 221 episódios (tinha a sensação que tinham sido 762...), foi uma espécie de "Os Imigrantes", exibida no início dos Anos 80, com mais cor e miúdas mais bonitas.
Lembram-se de "Os Imigrantes"?
Pois, é pena, mas não estamos aqui para falar disso.

"Terra Nostra" mostrava o Brasil no final do século XIX, princípio do XX, as plantações de café, e a fornalha de imigrantes que chegaram para trabalhar nas plantações, sendo que aqui estava em destaque o grupo italiano, e abundavam expressões italianas por toda a novela.
O que, à hora de jantar, abria sempre o apetite para pizzas e cannellonis.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Selva de Pedra

Para além do genérico de abertura, a memória não conseguiu reter muito mais desta novela da Globo, produzida em 1986, emitida em Portugal no ano seguinte.

A abertura levava uma vez mais o selo de qualidade do mago das vinhetas Hans Donner e podia ver-se a cara de alguns dos actores em vidros espelhados em prédios que brotavam do chão.
Curiosamente a trama da novela assentou residência no Rio de Janeiro; pensava que a "selva" era S. Paulo.

Quando fui para Lisboa estudar, uns anitos depois, ainda me lembrava do termo "selva de pedra" e deambulava pela capital portuguesa como se desbravasse Nova Iorque de mochila às costas.
E o imaginário saía beneficiado com a mochila tipo Indiana Jones que levava às costas.
Que saudades dessa mochila creme com bolsas castanhas!

Bem, quanto à novela, tinha no elenco o hirsuto e talentoso Tony Ramos, José Mayer, Miguel Falabella, Fernanda Torres, Christiane Torloni, Maria Zilda e muitos outros.
Foi um remake da novela de 1972, então no tempo do preto e branco.

A história tem o habitual triângulo amoroso, os ricos e os pobre, actrizes bonitinhas e actores competentes, mas em Portugal não deixou grandes saudades, lá está, ressalvando o imaginativo genérico de abertura.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Tieta

Outra rubrica em estreia no "Pretérito Perfeito", esta "Novelas do Brasil" com as melhores... novelas do Brasil.
Aposto como não estavam à espera desta.

"Tieta", baseada no romance do consagrado Jorge Amado chegou a Portugal em 1990.
O fim dos Anos 80 coincidiam como fim da minha adolescência, com o fim da Secundária e com o início de uma líbido cada vez mais activa.
Nesse sentido, "Tieta", o seu genérico, as suas personagens sensuais e libertinas, os diálogos marotos, as morenas de pernas torneadas e as dunas como divãs chegou no tempo certo.

A novela de Aguinaldo Silva é considerada por muitos, como a melhor do Brasil.
Para mim está sem dúvidas no top 5, por tudo o que escrevi acima e em especial pela sua riquíssima gama de personagens:
"Tieta", representada pela madura e sensual Betty Faria, "Osnar", o apaixonado de "Tieta" a cargo de um então jovem José Mayer, a viúva "Perpétua" numa magistral interpretação de Joana Fomm, o cómico "Modesto" do falecido Armando Bógus, que dizia para a bela Luíza Tomé "uh-uh, Carol senta aqui" e o "aqui" era o seu (o dele) colo e muitos, muito mais.

Uma rápida sinopse depois de um "copy/paste" da "Wikipédia":

"Vinte e cinco anos depois, Tieta reaparece em Santana do Agreste, rica e exuberante, decidida a se vingar da família. No dia em que chega na cidade, está sendo rezada uma missa em sua memória e Tieta interrompe a celebração, desfazendo o mal entendido. Agora, cortejada por todos, Tieta percebe que nada mudou em Santana do Agreste e que todos continuam hipócritas. A presença da ousada Tieta acaba mudando a rotina dos moradores da cidade".

No elenco, destaque-se ainda a presença da bela Lídia Brondi, uma das actrizes brasileiras por quem mais suspirei nos Anos 80 e claro, a bomba sexy que aparecia "nua, lua cheia de tesão" na mítica abertura do mago Hans Donner:
A modelo Isadora Ribeiro - que mais tarde foi companheira de Hans, e que depois também foi actriz - funcionou na novela como a dentadinha na maçã, o pecado original.

Os homens babavam a abertura e depois viam a novela com as esposas.
A parvoíce bárbara da violência doméstica nesses tempos dava-se apenas quando o Benfica perdia.