segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Bicicleta BMX

À partida era uma guerra com derrota anunciada mas, ainda assim, estiquei ao máximo a minha juventude.
E já tinha uns 23 anos quando o meu meio de transporte para o trabalho era a velha BMX.
Uma bicicleta.
Mas não uma bicicleta qualquer.

As BMX foram um dos mais icónicos tesourinhos fascinantes dos Anos 80.
Versáteis e sobretudo coloridas.
Tão coloridas que eram quase bandeira gay, mas garanto que nunca pedalei sem selim.

A imagem acima, foi o que achei na internet mais parecida com a BMX  que eu tinha.
É do site "Custo Justo", mas não me ofereci para comprá-la.
Agora acho que fiz mal...

Hoje também um desporto, a BMX, acrónimo para Bicycle Moto Cross, caracterizava-se pelo encantamento visual e fácil condução, tanto que até uma pessoa com descoordenação motora como eu conseguia pedalar e chegar a algum lado com ela.

Cheguei a fazer bicicross amador e amalucado nas paisagens campestres do Rio Frio e a percorrer quilómetros até Alcochete.

E até tive acidentes.


Algures entre um pateta e um cavaleiro do asfalto

Houve uma vez que tinha combinado ir à praia com o Nelson (lá me convenceu dificilmente porque eu e a praia... enfim), e vinha do Pingo Doce com um saco de compras (pão, sumos, iogurtes, comida para a praia, claro está), pendurado numa das manetes do guidão, e sempre a rolar no passeio até que, uma senhora saiu do antigo posto de saúde (a caixa como lhe chamávamos) bem para a frente da minha BMX.
Só tive tempo de ziguezaguear atrapalhadamente, mas sem evitar que o saco de compras batesse ao de leve na senhora, fazendo com que me desequilibrasse definitivamente e caísse cinco, dez metros à frente.

Resultado:
Um raspanete e vários rasgões na pele, para além de um braço quase partido (algo que faz parte da vivência destes dias regressando ao futuro e a 14 de Setembro de 2015), e um telefonema envergonhado para o Nelson.
"Já não vou, caí de bicicleta, estou todo partido".

Ridículo.
Vale que anos mais tarde tive acidentes mesmo a sério.
À homem.

Mas estórias tristes à parte, lembro-me que os dias mais felizes com a BMX foram quando dava para levantar o quadro até uma posição patética mas algo inspirada nas Harley Davidson.
Percorria as ruas do Pinhal Novo como um jovem motoqueiro sem mota mas com pinta, julgava eu.

Foi um período breve, mas ainda hoje tenho saudade desses tempos de easy rider!

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